sábado, 18 de maio de 2013

Palestra-Oficina

 
 
 

 
A Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais (AMULMIG) tem o prazer de convidar V.Sa. para a palestra-oficina: “Escrita Criativa: Aldravia - nova forma,nova poesia, que será ministrada pelo Prof. Dr. J.B.Donadon-Leal e pela Ms. Andreia Donadon Leal, no dia 28 maio de 2013 (terça-feira), às 16:00 horas, na sede da academia.
Local: Rua Agripa de Vasconcelos, 81 – Alto das Mangabeiras – Belo Horizonte - MG
 
Elizabeth Rennó
Presidente
 
 
 
O que é aldravia?
Trata-se de um poema sintético, capaz de inverter ideias correntes de que a poesia está num beco sem saída. Essa forma nova demonstra uma via de saída para a poesia – aldravia. O Poema é constituído numa linométrica de até 06 (seis) palavras-verso. Esse limite de 06 palavras se dá de forma aleatória, porém preocupada com a produção de um poema que condense significação com um mínimo de palavras, conforme o espírito poundiano de poesia, sem que isso signifique extremo esforço para sua elaboração.
 
Aldravia: forma criada poetas do Movimento Aldravista, Gabriel Bicalho, Andreia Donadon Leal, Donadon-Leal e J.S.Ferreira.
Mais informações:
 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

A Ilha Paradisíaca


Semana Luso-Brasileira III
A Ilha Paradisíaca
Acadêmica Vilma Cunha Duarte
 
A Ilha da Madeira, a principal , (740,7 km²) do arquipélago da Madeira, de origem vulcânica clima subtropical com extensa flora exótica, tendo o turismo como a maior  fonte de economia,
situa-se  no Oceano Atlântico, a sudoeste da costa portuguesa.  
 
Funchal vem de funcho, planta aromática e comestível nativa do Mediterrâneo, encontrada em estado silvestre e muito conhecida nossa. Capital da Ilha da Madeira, abriga 105 mil dos 250 mil habitantes da ilha.  Fundada em 1424 por João Gonçalves Zarco, a cidade linda se aconchega em colinas próximas. O porto recebe cruzeiros com milhares de turistas, ávidos pra   conhecer o centro histórico, o mercado municipal, ótimos restaurantes e  o teleférico. Seus bons ares,  fizeram-na procurada como estação de saúde nos idos. Os nativos gostam de contar de visitantes-pacientes ilustres como a Imperatriz Sissi, da Áustria (Elizabeth Wittelsbach, 1837-1898), e o ex-primeiro ministro britânico Winston Churchill (1874-1965).
 
Chegamos noite adentro em Funchal, e fomos recebidos no aeroporto por Dr. Miguel  Caldeira, turismólogo e Grande Articulador entre Brasil e Portugal, através da Chancelaria na R.A.M.; representantes da Câmara Municipal do Funchal; da Casa da Cultura John dos Passos e Dr. Édison Pereira de Almeida, também Articulador e Chanceler da INBRASCI, Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais. Fomos direto para uma sala VIP, onde foi servido um coquetel, enquanto recepcionistas lindas e prestativas direcionaram nossa bagagem para o ônibus que nos levaria ao resort, Hotel Quinta das Vistas. Mordomia Cultural!
 
O motorista, Roberto Carlos, jovem, bonito , culto, e o guia nos dois dias naquele paraíso não me escapou. Você é o.“ esse cara sou eu”, daqui? Ele riu satisfeito.
O resort,  luxo muito bem posto em local privilegiado, olhava panorâmico praquele marzão exibido com tanta azuleza esverdeada, que não cabia nos meus olhos agradecidos.
 
Depois do “Pequeno almoço” no Hotel Quinta das Vistas descemos para o Funchal.
Primeira visita ao Mercado dos Lavradores com produtos da terra, flores esfuziantes, cantoria de grupos folclóricos, uma festa cultural.
 
Desde menina ouvia a glorificação dos bordados da Ilha da Madeira. Visitamos Bordal (bordado Madeira e Madeira Story Center. Ouvir a história daquela preciosidade artesanal, assistir às bordadeiras, ver os riscos, os trabalhos em andamento e prontos, nossa!, De tirar o fôlego. As peças, joias artesanais, valem cada fração do custo alto.
 
Almoçamos na Zona Velha da Cidade. “Ementa” hum!... à delícia portuguesa.
Em seguida, conhecemos a Madeira Wine Company, uma das vinícolas onde o famosíssimo Vinho Madeira é ritualmente preparado. A história contada com minúcias, o descanso do precioso por anos e anos nos imensos tonéis de carvalho, e a saborosa degustação.
Chorei meus afilhados do Clube dos Amantes  do Vinho, lá.
Terminada a visita ao Museu de Arte Sacra, tivemos a Cerimônia Oficial no Salão Nobre da Câmara Municipal com OUTORGA DAS MEDALHAS “100 ANOS DE JORGE AMADO”, pelo Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais.
 
Regressamos ao Hotel rapidinho e saímos pra jantar, com “Ementa” diferente, Espetadas.
Dá pra adivinhar? Churrasco em espetos de cabeça pra baixo. Carne com pedaços menores desmanchando na boca, acompanhamentos divinos, e vinho. Deliciosos vinhos!
Dia do tamanhão do sensacional.

12 DE ABRIL, último dia na Terrinha.
Partimos cedo para a Vila Ponta do Sol a fim de visitar o Centro Cultural John do Passos e apreciar a Conferência com o Professor Doutor Alberto Vieira: Da Madeira ao Brasil: Vivências com História, seguida de Outorga das Medalhas de Mérito Cultural.
 
Depois, Madeira de Boas Vindas e Almoço na Estalagem Quinta da Rochinha no alto da colina, com acesso por elevador. “Ementa” de dar água na boca e vista de dar água nos olhos.
Em seguida, visita ao Museu Casa das Mudas com espécies vegetais nativas e internacionais.
Visita ao Engenho da Calheta, muito interessante, e passagem no Cabo Girão na volta.
Terminamos o roteiro apertado, mas gratificante na Vila Piscatória de Câmara de Lobos e jantamos mais cedo para agilizar  o embarque de volta à Lisboa.
 
A gentileza dos portugueses em Lisboa e Funchal ficará nas melhores lembranças.
Voltamos ao Brasil enriquecidos culturalmente, extasiados com a beleza natural, arquitetônica e histórica dos lugares visitados, saciados com “ementas”  servidas no requinte do bom gosto, com tempero apurado nas receitas seculares dos nossos colonizadores.
 
O grupo homogêneo e fraterno também ficará na história. Agradeço tanta ventura a Deus, aos portugueses, à direção do projeto bem sucedido, aos amigos que eu tinha e aos novos que fiz.
 
2014 promete. Lançamento do 2º Livro das Aldravias em Madri e Valência.
Que venha a Espanha aos nossos anseios culturais!
                                               Olé!

A emocionante caçada de tatu

A emocionante caçada de tatu

Cesar Vanucci*

“Se o tatu der a cara na barraca,
sapeque uma bordoada no cocuruto dele...”
 (Conselho do caçador mais experiente)

Ficou todo alvoroçado com o anúncio do amigo: “Sábado, você vai com a gente!”
Já ouvira, dezenas de vezes, os relatos dos companheiros de roda, no clube que frequentava com a família, sobre as emocionantes caçadas de tatu que, volta e meia, empreendiam. O assunto dominava as ociosas manhãs de domingo, regadas a batida de limão e torresmo, lá do Campestre. Entusiasmava-se, igualmente, com as narrativas sobre pescarias e caçadas que tinham por alvo o abate de outros exemplares de nossa diversificada fauna. Mas nunca soube explicar a razão, nada o impressionava tanto, nesse sedutor campo de experiências, como a apregoada caçada de tatu. Jamais participara de uma. Para nos conservarmos fiéis à verdade, a não ser no cinema, jamais botara o olhar em qualquer caçada. Mas, igualmente em abono da verdade, nunca ninguém se preparara tão bem psicologicamente para uma aventura do gênero.

Já contara e recontara, num sem número de ocasiões, o sonho que tivera depois de um jantar onde comera perdiz abatida por vizinho caçador. Surpreendera-se no sonho convenientemente aparelhado para fascinante jornada. Botas reforçadas, protegidas por perneiras. Calças curtas, blusão do tipo que aquele governante meio zureta quis, nos anos 60, impor aos funcionários públicos. Capacete de fibra, lenço pendurado no pescoço à moda boiadeira, rifle suíço com mira telescópica, coleção completa de pios, berrante, cartucheiras dispostas “a la Pancho Vila” recheadas de balas “dundum”. Ao redor, aguardando a sua palavra de ordem, dúzia e meia de ajudantes, envergando tangas estampadas, os pés descalços. Ao alcance das mãos enormes, esparramados pelo chão, todos os petrechos de um safári igualzinho ao que foi mostrado numa fita de John Wayne passada numa savana do Quênia. Viu-se envolto em atmosfera africana. Nervos tensos, ao jeito dos exploradores ingleses, permaneceu na expectativa de um ataque Whatusi. Mas cedo acabou se convencendo – o que se revelou confortador para seus brios nacionalistas – de que a paisagem percorrida era, no duro mesmo, a da Mata do Jambreiro. De repente, não mais do que de repente, ainda no sonho, um enorme tatu enquadrou-se na mira de tiro. Apertou o gatilho da Winchester. Um estampido seco e um baque surdo, como nos livros de bolso policiais. Um tatu de dimensões descomunais, duzentos quilos, exemplar animal magnífico egresso de alguma gravura de livro de paleontologia, entregue ao metódico descarnamento dos indígenas ululantes. O sonho findava aí.Todas as vezes que terminava de contar a história, ao riso desbandeirado, se recordava de que, já em sonho, demonstrava uma condição essencial para exercer em plenitude e com estrito senso profissional o papel ardentemente almejado de caçador: uma irrefreável vocação para relatos extravagantes.
Para seus companheiros caçadores a sua presença atenta assegurava a tranquilizadora certeza e a gostosa sensação de que poderiam contar sempre com uma platéia atenta e deslumbrada. Daí o fato de procurarem-no, prioritariamente, nas reuniões do Clube, para o noticiário em primeira mão das emoções vividas nas últimas idas ao campo. Para um contador de casos, como para um artista, nenhuma reação mais disputada do que a expressão de deslumbramento afivelada na cara do freguês escolhido para ouvinte.

O convite para a caçada deixou-o, por conseguinte, comovido e com ligeiro baticum. A preparação se fez rigorosamente de acordo com o figurino. Ótima oportunidade para exercitar os conhecimentos adquiridos na leitura de instrutivos manuais. Do traje ao armamento, com passagem pela matulagem e rotunda capanga contendo preparados anti-malarígenos e injeções antiofídicas, polivalentes e anticrotálicas (recordava-se bem das recomendações acerca de cautelas médicas), nada permaneceu nos preparativos ao desabrigo de zelosa supervisão.
Chegado o grande dia, acordou mais cedo. Falar verdade, nem dormiu direito, tamanha a emoção. Os companheiros prometeram pegá-lo as quatro da matina. Mas só apareceram às 6h30m. Com o pessoal já distribuído por duas caminhonetes, ele observou, num relance, que nenhum deles se apresentava munido do instrumental necessário para enfrentar uma caçada de tatu dentro dos requisitos técnicos consagrados. Mas, como a expectativa em torno do grande momento era forte por demais, ele acabou preferindo deixar passar a vontade de lançar um reparo que traduzisse sua estranheza.
Seis barracas de lona foram armadas na área escolhida para a caçada, uma nesgazinha de terra próxima a um riacho, inteiramente desprovida de vegetação. Cada qual cuidou de se arranchar como pôde. Aquele ali se despejou sobre a cama de campanha, com o respectivo mosquiteiro, garrafa de uísque no chão, e passou o dia lendo “Vila dos Confins”. Dois outros adernaram e, a tirar base pela roncaria que aprontaram, dir-se-ia até que na cidade andavam sem poder conciliar o sono há semanas. Outros dois, cara de malandros irrecuperáveis, refugiaram-se em barracas privativas, acompanhados de duas desajustadas sociais que haviam levado a tiracolo, contrariando as regras do tratado geral de caçadas, constante de um édito real baixado à época de Ricardo Coração de Leão. De vez em sempre, ruídos de taças e vozes risonhas davam a temperatura do frege que rolava naquelas bandas. Um outro caçador se mandou para a beira do rio, a vara de pescar displicentemente lançada, sem intenções sérias de apanhar peixe, e deixou o tempo fluir inebriado com as cançonetas italianas que extraía de uma vitrola portátil. Nos momentos em que soavam apenas os acordes da orquestração, com evidentes desvantagens para os tímpanos alheios, dava uma de êmulo de Luciano Pavarotti, a orquestra filarmônica de Milão garantindo o suporte musical daquele solo de um artista incompreendido. Caçada que é bom, neca de pitibiriba. Nem de tatu, nem de qualquer outro exemplar da imensa fauna silvestre.

O nosso amigo, como é fácil de avaliar, entrou em pânico diante do desconcertante quadro, mas foi-se aguentando enquanto pôde. Com o sol ameaçando deixar o firmamento, o jantar em véspera de ser servido, a hora do repouso chegando e com ela, transcorridas já 48 horas da caçada, a proximidade da volta à cidade, marcada para a manhã seguinte, ele resolveu, finalmente, num desabafo duramente reprimido, arriscar a pergunta tantas vezes ensaiada durante todo o tempo A fisionomia descomposta por inocultável desalento, procurou o amigo responsável pelo convite para a caçada:
- Escuta aqui, ó meu, que hora a gente vai caçar tatu?
Ao que o amigo, sorvendo outro gole do legítimo e sem se dar ao trabalho de levantar os olhos do livro, castigou:
- Deixa pra lá, siô. Não seja um desmancha-prazer. A gente trouxe disco, livro, música, boa comida e bebida, barraca. Eles lá, trouxeram até mulher. Estamos sorvendo os ares do campo, longe da poluição, do trânsito maluco da cidade e das aporrinhações domésticas. Arranche-se, pegue um pedaço de pau e se algum tatu metido a besta resolver botar a cara perto da barraca, sapeque uma bordoada no cocuruto dele.

Ano do Brasil em Portugal - Semana Luso-Brasileira



Ano do Brasil em Portugal
Semana Luso-Brasileira
Acadêmica Vilma Cunha Duarte

Sair de casa para uma viagem pomposamente, cultural em Lisboa e Ilha da Madeira, prêmio maior que a loteria comum não tem.
Depois de um voo tranquilo, Belo Horizonte-Lisboa, fomos recebidos no Embaixador Hotel em Lisboa, por cicerones de luxo: Dr. Vítor Escudero, professor e acadêmico renomado, a esposa Dra. Ana Cristina Martins figura expressiva no meio universitário de Lisboa, do Departamento de História da Universidade Lusófona e Sua Alteza Real,Infante Dom Miguel de Bragança, Conde de Viseu, para cumprir o primeiro dia de um intenso programa cultural.

Convido meus queridos leitores a conhecer palácios, museus, bibliotecas, Academias de Letras, Universidades, com paradas gastronômicas de dar água na boca.  Não resisto em mostrar cardápios (em português de lá)com iguarias pra degustar de joelhos. Comer também foi cultura na festa gastronômica em todos os restaurantes de Lisboa e Funchal.

Sábado, 6 de Abril:
Almoço Típico no Restaurante Adega do Saloio, em São Pedro de Sintra.
Ementa: Pão, Manteiga, Azeitonas e Queijinho Fresco. Espetadas de Carne à Velha Sintra, com Batatinhas, Arroz e Salada.  Sobremesa: Pudim da Casa ou Arroz Doce à Portuguesa. Águas, Cervejas, Sumos, Vinhos e café.

Depois, visita guiada ao Palácio Nacional da Vila de Sintra, acompanhados pela Dra. Ana Cristina Martins. Que aula a letradíssima professora nos deu!
O imponente palácio, principal conjunto arquitetônico sintrense, tombado como Monumento Nacional, tem origem provável num primitivo paço dos walis, mouros, originado de duas etapas de obras: a primeira, no reinado de D. João I (séc. XV); a segunda, no reinado de D. Manuel I (séc. XVI).Possui o maior conjunto de azulejos mudéjares do país. Duas grandes chaminés geminadas coroam a cozinha e constituem o "ex-libris" de Sintra. Com suas salas dos Cisnes; das Pegas; das Sereias; das Galés; da Coroa; de César; das Sereias; a Capela Gótica dedicada ao espírito Santo, os jardins começando a acordar em primavera, dou destaque pessoal para a sala dos Brasões. Onde o brasãodos “Cunhas”  também fazia bonito  na belíssima pintura histórica. A historiadora afirmou,(já sabia da outra vez), que os “Cunhas” são um ramo só, de uma família conceituada e de tradição em Portugal.

Visita ao longo da Vila Romântica de Sintra, com “paragem” para comer as tradicionais Queijadinhas e Travesseiros de Sintra.
Minha 2ª vez lá, com lembranças literárias de Maria Eduarda e Carlos Eduardo,crias de Eça de Queirós, que viveram uma paixão avassaladora por aquelas paragens.

À noite Jantar/Sarau da Tertúlia Rafael Bordalo Pinheiro, no Restaurante Clara Chiado, no Chiado, em Lisboa.
Ementa: Pão, Azeite e Manteiga, Azeitonas, Pastéis de Bacalhau e Peixinhos da Horta.
Sopa Rica do Mar à Rafael Bordalo Pinheiro. Peixe Branco com Saudades de Portugal e Acompanhamentos Variados.Sobremesa: Sopa de Morangos à Chiado ou Fruta
Águas, Cervejas, Sumos, Vinhos e Café.
Regalo requintado para o paladar.

Em seguida Sarau Literário e Cerimônia de Entrega de Diplomas da Tertúlia Rafael Bordalo Pinheiro e outras lembranças aosVisitantes Brasileiros, e medalhas e diplomas concedidos aos ilustres anfitriões  pela ALACIB,  e Diploma de Grande Mérito Cultural da Aldrava de Letras e Artes à Professora Doutora Ana Cristina Martins.
Numa cerimônia aconchegante e bonitaa troca de figurinhas luso- brasileira cultural  aconteceu em alto estilo. Sua Alteza Dom Miguel, aguentou firme o dia inteiro no programa intenso, e ajudou naentrega de medalhas e diplomas aos intelectuais presentes.

A cultura me fascina tanto, que desconheci o cansaço apesar da travessia aérea de mudança de continentes, a fim de chegar ao abençoado destino europeu.

Bem haja, Portugal!


Para visualizar as fotos, acessem:


 

Semana Luso-Brasileira II



Semana Luso-Brasileira II
Acadêmica Vilma Cunha Duarte

Tomem seus lugares a bordo. Vamos continuar a viagem.
Portugal sempre nos espera antigo, moderno, amigo e paternal.

Lisboa ergue-se nas suas 7 colinas sobre o rio Tejo, banhada por uma luz única. Capital de Portugal desde a conquista aos Mouros em 1147, é uma cidade lendária com mais de 20 séculos de história e o mais importante polo turístico do País. Dos edifícios pombalinos, com fachadas de azulejos, às estreitas ruas medievais dos bairros típicos, com animada vida noturna, aos inúmeros museus, palácios, lojas, Lisboa encanta viajantes curiosos.

Com Dr. Vítor Escudero, perito no assunto, visitamos a Lisboa Monumental.
Passamos pela Praça Marquês de Pombal, Avenida da Liberdade, Rossio e baixa de Lisboa, Sé de Lisboa, Castelo de S. Jorge,Alfama, Praça do Comércio, Mosteiro dos Jerónimos, Torre de Belém e Monumento das Descobertas.

Destaco o Mosteiro dos Jerônimos, obra fundamental da arquitetura Manuelina, encomendado pelo rei D. Manuel I, pouco depois de Vasco da Gama regressar da sua viagem à Índia.
Foi iniciada em 1502. O nome vem da Ordem de São Jerônimo, nele estabelecida até 1834. Sobreviveu ao sismo de 1755, mas foi danificado pelas tropas invasoras francesas enviadas por Napoleão Bonaparte no início do século XIX.
Os elementos decorativos são repletos de símbolos da arte da navegação e de esculturas de plantas e animais exóticos
Inclui, entre outros, os túmulos dos reis D. Manuel I e sua mulher, D. Maria, D. João III e sua mulher D. Catarina, D. Sebastião e D. Henrique. Ainda os de Vasco da Gama, Luís Vaz de Camões,Alexandre Herculano e  Fernando Pessoa.

Depois do deslumbrado tour, iguarias de lamber os beiços no Almoço Típico Ribatejano no Clube Taurino Vilafranquense.
Ementa: Pão, Manteiga, Azeitonas e Peixinhos do Rio de Escabeche, Carne de Toiro Bravo à Panela de Campino. Salada de Frutas do Campo. .Águas, Cervejas, Sumos, Vinhos e Café, Arte culinária, deliciosamente cultural.
Distribuição de Diplomas da Academia Internacional de Heráldica (Portugal) e Homenagem aos Poetas Aldravistas Brasileiros.

Fazer o quilo visitando o Núcleo Museológico do Mártir São Sebastião, e a Exposição de Pedras Armoreadas do Concelho de Vila Franca de Xira, acompanhados pelo Investigador - Mestre David Silva e o Museu do Neo-Realismo Português, em Vila Franca de Xira, experiência nova com digestão cultural.

Mais tarde, visita e recepção na Tertúlia, A Círófila, na Centenária Praça de Toiros Palha Blanco, com requintado coquetel, mostra dos arquivos de “toiradas,” entregas de Mérito Cultural e troca de lembranças. Momento primoroso de conhecermais um capítulo da riqueza históric- cultural da Vila Franca de Xira.

Às 19.30, Aperitivo “Pôr do Sol” e Jantar no Restaurante” Voltar ao Cais”, em Alhandra.
Ementa: Pão, Manteiga, Azeitonas, Peixinhos da Horta e Ovos Mexidos com Farinheira. Torricado com Bacalhau Assado..Selecção, (com 2cês) de Sobremesas “Voltar ao Cais”.  Águas, Cervejas, Sumos, Vinhos e Café. Um luxo gastronômico!
Sem traduzir para não estragar a surpresa de quem, se puder, conheça o velho Portugal.

Finalizando as atividades do dia precioso, Tertúlia Poética entre Poetas Aldravistas Luso-Brasileiros. O poema de improviso desta representante brasileira, falando da históriados descobridores e agradecendo a acolhida todos os dias e em todos os lugares, comoveu os gentilíssimos anfitriões, convidados, e donos do distinguido restaurante.

Viva a Literatura Brasileira Aldravista, nascida e batizada em Mariana.
Fazendo as honras de Minas Gerais, em mares nunca dantes navegados...

Milagre das palavras,-que de carona com a criatividade, pulam cancelas continentais.

Semana Luso-Brasileira III



Semana Luso Brasileira III
“Lisboa velha cidade”...

Acadêmica Vilma Cunha Duarte

A viagem em Lisboa chega ao fim. Ótima! 

Cultura, História, encantamento, lazer, comida boa com prosa boa, laços de amizade nova se apertando, presente de nunca esquecer.

Depois, decolar de novo e descer em Funchal, capital da Ilha da Madeira, antes de regressar.



Segunda-Feira, dia 8 de Abril

De manhã meu amigo de lá e eu, almoçamos bacalhau grelhado no requintado restaurante da Casa D’Alentejo, imponente palacete dos bons tempos. Depois de passear pelo Rossio, onde fica a estátua de Dom Pedro I, Dom Pedro IV, pra eles.  Arquitetura belíssima, história ao vivo e em cores, lojas de souvenir, comprinhas modestas, e degustação da “ginjinha”.

Ginja (cereja ácida), pequeno fruto redondo de cor vermelha escura e sabor agridoce.

O licor de ginja ou ginjinha, aromático e de teor alcoólico moderado. Já foi uma bebida da burguesia por causa do preço alto.  Hoje, é muito popular.



À tarde, visitamos as Exposições: “Escritoras Brasileiras Editadas em Portugal” e “Literatura de Cordel Brasileira”, ambas patentes na Biblioteca Nacional de Portugal, com o show de aula da Professora de História, Doutora Ana Cristina Martins. Tive a honra de me cadastrar como escritora e deixar um dos meus livros na imponente Mansão da Leitura.

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Mais tarde fomos recebidos na ULHT, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias com Conferência por Poeta Aldravista, da Sociedade Brasileira de Poetas Aldravistas, e lançamento do Livro O Pão Nosso, do poeta aldravista português, Dr. Vítor Escudero.

E Cerimônia Acadêmica de entrega de Medalhas e Diplomas.

Em seguida, jantar Informal na Cantina da Universidade. Delícias no bandejão português.



Mais tarde, Cerimonia Acadêmica rica em conteúdo no Salão Nobre da Academia Portuguesa de Ex-Líbris . Inauguração da Exposição: “O Esplendor do Ex-Líbris Brasileiro, nas Colecções Portuguesas”. Lançamento de O Livro das Aldravias, Nova Forma/Nova Poesia.  Lançamento do Livro O Pão Nosso, Aldravias Portuguesas, de Vítor Escudero. Distribuição de Diplomas e Insígnias da Academia Portuguesa de Ex-Líbris e da Sociedade Brasileira de Poetas Aldravistas. As sedes das Academias de Letras, regalo arquitetônico, histórico e cultural.



Terça-Feira, dia 9 de Abril:

Manhã livre.  Descansei, que não sou de ferro.

Às 15 horas, 1ª Bienal do Mediterrâneo do Instituto Brasileiro de Culturas Internacionais de Minas Gerais, no Convento dos Cardaes, em Lisboa.

Nilze, a curadora brasileira fez bonito com a mostra de livros, pinturas de artistas brasileiros, e entrega de prêmios para pintores portugueses. Foi servido um coquetel no capricho. Entre outras tentações, os famosíssimos “Pastéis de Belém”, derretendo na boca.



Mais tarde, Cerimônia Académica no Salão Nobre da Academia de Letras e Artes. Colóquio/Mesa Redonda: Poesia Contemporânea Brasileira. Entrega de Medalhas de Membro e de Mérito Cultural  à Escritora Celeste Cortez. Lição Magistral de Sapiência pelo Presidente da Academia de Letras e Artes, Professor Doutor António de Sousa Lara. Aprendizagem todo dia, com excesso de bagagem cultural.

  

Em seguida, Jantar Típico, presidido por S S  Dom Filipe Folque de Bragança e Borbón de Mendonça, Marquês  de Loulé e Conde do Rio Grande. 

E pelo presidente da Academia de Letras e Artes , o palestrista da noite.   A festa gastronômica no Restaurante Tradicional do Monte Estoril em Cascais, com pratos típicos e vinhos fantásticos. Difícil foi escolher.

Com todo o respeito, além da simpatia, Dom Filipe é um pão. Meu repente da noite, teve algo de “Real”.

Aquelas Suas Altezas... Haja, Deus! Acabo virando monarquista.



Lisboa me cativou de cara no-muito- prazer. 

Com motivos de sobra pra eu voltar a 3ª vez.  Ter recebido três diplomas de Academias de Letras Portuguesas ajuda a fazer as malas.

Me queres, queridona?

Voltarei!